Já estou de volta (finalmente) com as férias e os meus anos decidi parar um pouco e aproveitar a família, e fazer uma pausa nas redes sociais. Mas já estou de volta e com fotos lindas da Ilha da Madeira para vou mostrar.
Estive 4 dias na Madeira, e esta foi a minha 3ª vez na ilha, tinha lá estado em 2001 e 2011. Fomos um grupo de 6 pessoas, eu e os meus pais e o meu namorado e os pais dele que nunca lá tinham ido, e decidimos então fazer assim umas mini férias.
Se tivesse de descrever a Madeira em 3 palavras seriam beleza, flores e bananas .
Todos nós sabemos que a Madeira faz parte de Portugal, mas é uma beleza tão diferente do continente que quase parece outro país. Fui nesta época porque estava a decorrer a Festa das Flores, se as flores lá já são um sonho, imaginem nesta altura.
Deixo-vos então em baixo o roteiro que eu fiz para estas férias e com sorte vocês se possam inspirar e fazerem vocês mesmos esta viagem.
DIA 1
LISBOA - MACHICO - CANIÇAL - PONTA DE SÃO LOURENÇO - GARAJAU - FUNCHAL
Aterrámos por volta das 11h e já tinha reservado um carro pela Rentalcars (podem obter o cashback pelo site Beruby) e bastou-nos levantar logo junto à saída e seguimos viagem. Como o aeroporto fica em Santa Maria decidimos fazer logo a zona Este da Ilha.
Começamos então por visitar a Baía de Machico, foi aqui que os descobridores João Gonçalves Zarco e Tristão Vaz Teixeira desembarcaram pela primeira vez, em Machico há também o Forte do Amparo que servia para defender a baía e a Igreja Matriz de Machico, desta vez estava fechada e por isso não a podemos visitar.
(Aeroporto da Madeira)
(Baía de Machico)
(Igreja Matriz de Machico)
Seguimos para o Miradouro do Pico do Facho, de onde se vê Machico e a Ponta de São Lourenço, este pico antigamente servia para acenderem fogueiras para avisarem a população da chegada de embarcações inimigas.
Almoçamos no Caniçal, no Restaurante Cabrestante, a comida estava toda muito boa, eu comi peixe espada com banana e molho de maracujá. Se por acaso tiverem por esses lados vão lá comer as empregadas eram todas muito simpáticas também.
(Miradouro Pico do Facho)
(Miradouro Pico do Facho)
(Almoço Restaurante Cabrestante)
Depois seguimos para a Ponta de São Lourenço, vocês podem caminhar por lá ou podem ficar só à entrada, é a parte mais "deserta" e por isso levem calçado confortável para andarem por lá. Eu andei 2h para lá e para cá, e por isso não deu para ver toda a beleza natural, mas façam pelo menos um pouco do troço, vale a pena.
A nossa ideia era passar pelo Mercado do Santo da Serra, mas já estava fechado quando passámos e fomos então até ao Café Relógio que fica na Camacha, aqui vocês podem ver as senhoras a fazerem as cestas de vime e podem também compra-las, podem ainda aproveitar para lanchar no café se a fome apertar .
Para terminar as visitas do primeiro dia fomos então até ao Garajau onde fica o Cristo Rei e um dos teleféricos, tenho a dizer que de todos os dias este foi o sitio que mais me desiludiu, estava meio abandonado, montes de ervas a crescer. Quando eu lá estive em 2011 podia-se ir até ao miradouro que estava fechado e super mal tratado, a madeira toda a cair, foi um dos sítios que mais tinha gostado de vir porque o miradouro dava-nos a sensação de estarmos perto do mar e vê-lo assim tão mal tratado deu-me pena.
(Ponta de São Lourenço)
(Ponta de São Lourenço)
(Café Relógio)
(Cristo Rei - Garajau)
Fomos então em direcção ao Funchal para fazer o check-in no hotel, nós ficamos no Enotel Quinta do Sol (é só para adultos), o hotel é maravilhoso, empregados super prestáveis, excepto um senhor de bigode da recepção, o pequeno-almoço é muito bom e completo. À noite têm música ao vivo e também há jantares com temas diferentes. Eu reservo sempre as minhas viagens pela Abreu, adoro a empresa e nunca me falharam. Mas podem também reservar o hotel pelo Booking (podem obter o cashback pelo site Beruby).
(Enotel Quinta do Sol)
(Enotel Quinta do Sol)
Para terminar o dia jantámos no Restaurante Porta do Lado, a comida mais uma vez era muito boa, nada a apontar, ambiente calmo por isso recomendo. Mas todos os empregados eram antipáticos, qualquer coisa que nós perguntássemos faziam uma cara de frete. Por isso se não se importarem com isso a comida é muito boa, e só pela comida é que recomendo.
DIA 2
CÂMARA DE LOBOS - CABO GIRÃO - PORTO MONIZ - VÉU DA NOIVA - GRUTAS DE SÃO VICENTE - PONTA DO PARGO
Começamos o 2º dia por tomar o pequeno-almoço que como tinha dito antes é maravilhoso, eles têm lá uma parte de show cooking com uma pessoa, onde fazem as panquecas, os ovos, o bacon, é bastante diferente e dá para ver como a comida é confecionada.
Este dia foi também o mais preenchido, vimos a parte Oeste da ilha e começamos pela Câmara de Lobos, porque eu queria ir ver os barcos coloridos que normalmente estão na praia, para serem arranjados.
De seguida fomos até ao Cabo Girão, é um miradouro, todo em vidro, por isso para pessoas com vertigens não é aconselhado, há sempre muita gente lá e podem ver regularmente também pessoas a fazerem parapente.
(Câmara de Lobos)
(Câmara de Lobos)
(Cabo Girão)
(Cabo Girão - e namorado com medo)
Éramos para ir à Sociedade de Engenho da Calheta, onde está um dos mais antigos engenhos de cana-de-açúcar existentes na Ilha da Madeira, trata-se de um exemplo vivo do passado açucareiro, com meio século de história. Produz rum de qualidade, obtido sob fermentação controlada e cuidada destilação, e mel de cana, obtido através da cozedura da garapa (caldo de cana) a vapor.
A fábrica labora uma vez por ano, normalmente logo a seguir à Semana Santa. As instalações, com a sua maquinaria usada na fabricação da aguardente e do mel, podem ser visitadas todo o ano e de forma gratuita.
Mas nós enganámo-nos no caminho e já estávamos longe e então já não deu para voltar para trás, mas passem por lá que deve ser super interessante.
Almoçamos então pela Ribeira Brava, no Restaurante Concord, que desculpem a expressão, é uma valente porcaria, pelo menos os pratos com lulas. Eu pedi calamares e a minha mãe pediu lulas à diabinho, as minhas vieram uma valente m**** porque as lulas vinham separadas completamente do panado e vejam o aspecto, pela foto em baixo, as da minha mãe vinham quase vivas e nada a haver com a foto que eles nos mostraram do que era o prato. Reclama-mos, nem o dono, nem o chef tiveram a decência de sair da cozinha para nos vir falar sobre o que quer que fosse. A rapariga que nos estava a servir foi impecável connosco e ela própria disse logo que não comia aquilo, e não pagámos os 2 pratos, o resto do pessoal disse que a comida era okay.
(Os calamares)
Eu e a minha mãe cheias de fome, mas seguimos caminho para as Grutas de São Vicente, têm o custo de 8€ por pessoa, mas valem super a pena, além de lindas por dentro, a guia explicou tudo muito bem, e no final há um centro de interpretação interativo que explica muito bem tudo o que é relacionado com os vulcões.
Fomos então até ao Véu da Noiva, é uma queda de água que cai directamente sobre o mar. Antigamente os carros passavam pelo túnel mesmo de baixo da cascata, eu ainda passei quando fui em 2001, e é das coisas que mais me lembro. Fecharam a estrada pois o risco de derrocada era cada vez maior, e vimos parte em que já houve alguns deslizamentos e já nem se vê a estrada.
De seguida fomos até às Piscinas Naturais de Porto Moniz, são compostas por rochas vulcânicas, a água é geladinha, mas só pela beleza, valem a pena .
(Grutas de São Vicente)
(Véu da Noiva)
(Piscinas de Porto Moniz)
Seguimos para o Miradouro da Garganta Funda, é uma queda de água, mas para ser sincera corria pouca e tem de se andar um bocadinho até lá chegar, no entanto vale sempre a pena lá ir. Dali vê-se o Oceano Atlântico e o Farol da Ponta do Pargo, que foi onde fomos a seguir. Não deu para entrar pois era fim de semana e estava fechado, mas ver o por do sol aqui é lindo, apesar de não ter estado o melhor sol de sempre, o céu estava lindo na mesma.
Por fim terminamos o dia a jantar no Restaurante Taberna Ruel, no Funchal e que recomendo imenso, da comida aos empregados tudo 5*.
(Miradouro da Garganta Funda)
(Por do Sol no Farol da Ponta do Pargo)
(Farol Ponta do Pargo)
(Vitela com cogumelos - Taberna Ruel)
DIA 3
CURRAL DAS FREIRAS - PICO DO AREEIRO - RIBEIRO FRIO - FAIAL - SANTANA - MONTE
Após o pequeno-almoço seguimos então para o Curral das Freiras, o nome deve-se ao facto das freiras do Convento de Santa Clara terem ido para ali devido aos constantes ataques piratas no Funchal. Fica completamente rodeado por montanhas e daí o motivo de se terem mudado para lá, além de que aquelas montanhas enormes são lindas.
Seguimos para o Pico do Areeiro, é o 3º ponto mais alto da ilha, com 1818 metros de altura, no cume há a Estação Radar da Força Aérea Portuguesa, mas também podem comer e comprar lembranças. Podem ainda caminhar até ao Pico Ruivo, com 1862 metros de altura, demorando assim 3h e é feito através de túneis e caminhos abertos nas rochas, se estiverem interessados em fazer levem lanternas e roupa confortável.
(Curral das Freiras)
(Pico do Areeiro)
(Pico do Areeiro)
Parámos para almoçar no Ribeiro Frio, comemos uma bifana no pão do caco, o sitio é muito bonito e podem visitar também o viveiro de trutas.
Seguimos então até às formações rochosas na Praia do Faial, e formos então até Santana, para ver as famosas típicas casas em triângulo pequenas onde vivam familias inteiras e bebemos a melhor poncha de maracujá da ilha.
Por último seguimos para o Monte para fazer a descida nos carros de cesto, o custo é de 30€ por 2 pessoas ou 45€ por pessoa. A descida é de 2km (Monte ao Livramento), e é feita por 2 senhores que movem o carro, chamados de carreiros do monte, durante a descida podem ver a estrada quase em espelho, de tanta vez que aqueles carros lá passam.
(Praia do Faial)
(Casas de Santana)
No final do dia, foi tempo de ir entregar o carro ao aeroporto, e na vinda jantámos no Restaurante Casa Velha, um restaurante clássico com o preço mais elevado que a média. Eu comi o pato que estava simplesmente maravilhoso, se por acaso podem gastar um pouco mais aconselho a irem lá.
No entanto o risotto deles não passa de um arroz cozido com alguns legumes, não fazendo jus nenhum ao prato.
(Pato no Restaurante Casa Velha)
DIA 4
FUNCHAL - LISBOA
O último dia começou pelo check-out, o hotel deixou ficar lá as malas até ao final do dia para que pudessemos estar à vontade.
Visitámos a Sé do Funchal, que é linda. Vimos ainda uma exposição de flores e tivemos direito a ver o folclore com os trajes madeirenses.
(Exposição Flores)
(Folclore)
(Sé do Funchal)
Fomos visitar então uma das caves do vinho da Madeira, neste caso a Blandy's. Vocês podem marcar no site deles e verem as horas das visitas, a que nós fizemos era a vintage e tem o custo de 9,50€ por pessoa e tem prova no final.
Seguimos para o Mercado dos Lavradores que fica situado no centro do Funchal, e lá dentro pode ver-se as senhoras vendedoras vestidas com o tipico traje madeirense. No mercado podem encontrar peixe, carne, na parte de baixo, frutas, flores e restaurantes no piso 0 e 1.
(Cave Blandy's)
(Mercado dos Lavradores)
(Mercado dos Lavradores)
(Mercado dos Lavradores)
Por último fomos até ao Jardim Botânico da Madeira, tem mais de 2500 plantas de todo o mundo, tem também aves, mas neste momento estão vedadas ao público porque havia pessoas a libertá-las por não gostarem de ver as aves presas, acho uma estupidez as pessoas fazerem isso, mas enfim.
Voltámos então ao hotel onde tinhamos um motorista que reservei pela Suntrafers à nossa espera para nos levar até ao aeroporto. O serviço foi muito profissional e pontual. Adorei.
E assim foram passados estes 4 dias na Ilha da Madeira.
Espero que tenham gostado!
Beijooos